«Ler, que pode ser um vício, uma pedantaria ou um hábito, está reduzido a ser uma questão de tempo. Não há tempo para ler, a distância entre a casa e o emprego é cada vez maior, os consultórios só fornecem velhas revistas ou propaganda médica, as gares do metro são mal iluminadas, a leitura não é protegida numa sociedade comprimida entre horas de ponta e telenovelas. A sociedade não se organizou no sentido de fazer do leitor um património cultural. Aquele que lê modera as leis da imbecilidade que é o mesmo que dizer as leis do mal.»
[in Dicionário Imperfeito, de Agustina Bessa-Luís, Guimarães Editores, 2008;
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
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