Durante uma ópera perco, em média, dois litros de líquido; num concerto sinfónico perco mais um. Conheço colegas que vão correr para a floresta, praticam pesos e halteres. Mas eu não! Qualquer dia porém, sou de tal maneira despedaçado pela orquestra, que nunca mais tenho conserto. Porque tocar contrabaixo é mera questão de energia; em princípio, isso nada tem a ver com a música. É por isso que uma criança nunca há-de tocar contrabaixo na vida. Eu próprio comecei aos dezassete. Agora tenho trinta e cinco. Não foi de livre vontade que comecei. Foi por acaso, como a virgem que se transforma em mãe.
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010
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