Omar Khayyam tem para nós a realidade histórica das lendas. As Rubaiyat que lhe são atribuídas, essas têm a consistência dos textos que se lêem e sobre os quais se podem exercer análises críticas. Mas torna-se desde logo evidente que a sua leitura se nos propõe como leitura de gosto e de prazer.
Parece até que desde o se aparecimento na cultura ocidental, através das versões do poeta inglês Edward Fitzgerarld (1858), as Rubaiyat de Omar Khayyam têm tido esse destino mágico: a leitura apaixonada, as traduções e adaptações nas mais variadas línguas, a rejeição em termos igualmente emocionais, em nome de morais ou de religiões. Mas não há dúvida de que uma moda de estilo vitoriano foi iniciada pelas versões de Fitzgerald, criando no espírito ocidental uma imagem idealizada da cultura persa do século XII e fazendo de Omar Khayyam quase uma figura folclórica ligada ao uso imoderado do vinho e aos prazeres de um erotismo exótico.
p.7
A minha edição é de 1990 (1ª edição).
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
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